
Trump: Acordo sobre terras raras com a Ucrânia foi fechado e será assinado em breve

Estados Unidos e Ucrânia chegaram a um acordo sobre o acesso a terras raras em território ucraniano e o documento deverá ser assinado em um futuro próximo, afirmou o presidente dos EUA, Donald Trump, nesta segunda-feira (24).
Durante uma reunião do gabinete, Trump disse aos repórteres que Washington e Kiev estão discutindo a possibilidade de empresas norte-americanas serem proprietárias das usinas nucleares da Ucrânia.

O presidente americano também afirmou que a questão das linhas de demarcação (de armistício) na Ucrânia está sendo abordada como parte dos esforços para encerrar o conflito russo-ucraniano.
No final de fevereiro, os EUA e a Ucrânia não conseguiram assinar o acordo de terras raras e de exploração do subsolo ucraniano depois que uma reunião entre Donald Trump e Vladimir Zelensky terminou em uma bate-boca.
No entanto, em uma mensagem compartilhada nas redes sociais em 4 de março, Zelensky garantiu que Kiev está pronta para assinar o acordo sobre minerais "a qualquer momento e em qualquer formato que for conveniente".
De acordo com o presidente dos EUA, Washington quer usar as terras raras ucranianas para aplicação em diversos setores de alta tecnologia, incluindo o de inteligência artificial e na indústria bélica.
Controle das usinas
Na semana passada, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que Trump acredita que o controle das usinas de energia ucranianas por Washington seria a melhor proteção para essa infraestrutura. Segundo ela, o republicano fez a proposta a Zelensky ao discutir sobre o fornecimento de eletricidade e sobre as usinas nucleares da Ucrânia durante a recente conversa por telefone entre os chefes de estado.
Contudo, o líder do regime de Kiev negou ter discutido a possibilidade de as usinas nucleares ucranianas serem controladas pelos EUA. Zelensky declarou que não ofereceu a Washington a opção de obter o controle das instalações e afirmou que a conversa se concentrou especificamente na usina nuclear de Zaporozhie - a maior da Europa, localizada na província de mesmo nome e que se tornou parte da Federação Russa após um referendo - e na possibilidade de investimento dos EUA na usina.